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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Meu Ex-Estagiário

Esta história começa quando entrei para uma firma de representação comercial logo após me formar. Eu era o queridinho do chefe e me relacionava bem com os demais funcionários, tanto os do mesmo nível quanto os de nível inferior e logo fui alçado a uma posição de comando. Como havia muito trabalho, solicitei ao chefe a contratação de dois estagiários, o que ele me concedeu. Selecionei um rapaz e uma moça que me pareceram inteligentes e esforçados e que no decorrer do estágio confirmaram minha impressão. A convivência diária nos aproximou depois de algum tempo estávamos fazendo confidência e programas fora do escritório. A moça era noiva de um cara simpático, e o rapaz tinha uma namorada no interior que o permitia dar suas escapadas, coisa que me divertia a beça quando ele me contava, no fundo porque eu queria ser como ele, mas não era, estava casado desde o último ano de faculdade e levava uma vida morna. Ao final de um ano, fizemos uma festinha no escritório para a despedida de Clarissa e Ramon, como se chamavam, e tive de admitir novos estagiários. No início ainda nos encontrávamos para um chope gelado nas sextas, nos comunicávamos por email, depois a coisa foi esfriando, até porque eu tinha que me dedicar aos novos estagiários e eles tinham que terminar seus cursos. Uns cinco anos se passaram, eu ensinei e me despedi de novas levas de estagiários, meu prestígio profissional só foi crescendo na firma e meu casamento naufragando. Eis que um dia, meu chefe informa que resolveram abrir um novo setor na firma e me queriam para chefia, e para meu antigo posto estavam contratando um profissional de fora, mas com boas credenciais. Fiquei muito curioso, mas ao chegar em minha sala minha surpresa não poderia ser melhor, o contratado era Ramon, meu ex-estagiário. Não preciso dizer que nossa afinidade antiga logo se reavivou, ele ganhara peso, o que lhe caia melhor pois era muito magro antes, vestia-se de forma elegante, no que disse que se espelhava em mim e se casara e separara da antiga noiva em questão de dois anos de casamento. O trabalho dele era subordinado ao meu e sempre nos víamos em reuniões de negócios que se estendiam para bate-papos informais. Um dia comentei sobre a falência do casamento e ele se espantou pois pelo que conheceu da minha esposa parecíamos irmãos, de tão semelhantes. - Na aparência – comentei – nos valores, nos aspectos fundamentais éramos radicalmente diferentes. - E isto faz toda a diferença - ele suspirou – a minha ex-esposa era muito bonita, acima da média neste quesito, e eu achava que ela um dia ia se tocar que era muita areia para o meu caminhão e ia bater asas. - E o que ocorreu? - Eu cresci, me formei, ascendi em cultura, educação e ela estacionou na vida medíocre do interior. Como você disse, não são as semelhanças, nem as diferenças físicas que importam. - Nada, o que pesa é se um é inteligente outro burro, um é ambicioso ou outro humilde. Outras diferenças podem ser até legais, branco com negro, magro com gordo, professor com aluno – filosofei. - Chefe com estagiário – Ramon comentou. Eu o olhei nos olhos, esperava um olhar de brincadeira, mas fui recebido com o olhar mais profundo de toda minha vida. Meu coração disparou, a boca secou, eu não sabia o que fazer com as mãos. Ele entreabriu os lábios, ia falar algo, mas eu balancei a cabeça e pedi que não. Nos levantamos devagar e juntos , sem desviar o olhar. Por cima da mesa do meu escritório nos beijamos. Comecei a entender ali os desacertos de nossos casamentos. Era noite, não havia mais ninguém no escritório, não tivemos medo de nos entregar. Não sei como nos deitamos na minha escrivaninha, com papeis, pastas e documentos sendo empurrados, ele por cima de mim. Ramon me beijava loucamente e murmurava no meu ouvido: “Chefe, a quanto tempo”. Ele continuava me chamando assim e naquele momento isto tinha um sabor muito erótico. As gravatas foram sendo desatadas, camisas desabotoadas, ele explorando meu peito com os lábios e sorvendo meu perfume com um nariz que invadiu até minhas axilas. Desafivelou meu cinto, abriu meu zíper, baixou minha cueca e colocou meu pau na boca. Nunca fui chupado com tanto desejo, como se quisesse me engolir uma parte minha e queria. Ele me despiu por completo, e sua língua foi passeando do pau, para o saco, as coxas até chegar no rego. Sua língua penetrou meu ânus com tanto vigor que fiquei com medo do que seria quando ele quisesse enfiar algo mais. Mas gostei. Sem limites, sem receios, ele enfiava a cara toda entre as minhas nádegas e eu me contorcia entregue àqueles prazeres. Eu nunca tinha transado com um homem antes, mas imaginava o que viria depois. Mas eu não estava preparado para ser penetrado, não naquela noite, ainda. Se Ramon percebeu minha hesitação eu não sei, o que sei é que depois de lubrificar meu pau com sua saliva subiu em mim, abriu as pernas e sentou no meu pau. Aquela visão era a glória! Um macho jovem, moreno e bonito, sentado em mim, se rebolando de prazer, com olhos semicerrados e lábios entreabertos a gemer por mais, corcoveando como um peão de rodeio em cima do boi mais bravo, e com aquele pau grosso e pulsando a poucos centímetros do meu rosto. Encarnei o boi matador e passei a estocá-lo, varando cada vez mais fundo nas entranhas do meu ex-estagiário. Ele mordia os lábios de prazer e gemia “ Mais, Chefe, mete mais”. Eu obedecia e segurei seu pau, quando senti que cheguei ao ponto de não retorno, quando o orgasmo é inevitável, não precisei punhetá-lo muito para gozarmos juntos, eu dentro dele, ele inundando meu peito. Levantamos-nos da mesa como meninos que acabam de cometer uma travessura juntos, meio acanhados, mas curtindo muito e rindo a toa. Depois de vestidos, arrumamos a sala em silêncio, mas sempre trocando olhares significativos. No dia seguinte, ao meio dia, inventei qualquer desculpa para chamá-lo à minha sala. - Não parei de pensar em você – abracei-o e beijei-o assim que tranquei a porta atrás. Ele só sorriu e disse baixinho “Chefe”. A custo nos controlamos em ficar só no amasso. E a coisa seguiu assim, todos os dias no final do expediente rolava uma transa. Depois de alguns meses alugamos um apartamento onde nossos encontros puderam acontecer sem sobressaltos. E lá pude experimentar o sabor de tê-lo dentro de mim, com dor no início, mas depois que me acostumei com o calibre dele só prazer. Um dia, meu chefe me chama a sua sala toda envidraçada e comenta que recebeu um email anônimo comentando sobre assédio sexual meu com um funcionário da empresa. Discrição nunca é total e fofoca tem asas quando a felicidade alheia é diferente da sua e e incomoda. Pedi demissão da empresa.

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